O suicídio é uma realidade alarmante em Portugal: três pessoas tiram a própria vida diariamente. A nível global, são 800 mil vidas perdidas por ano devido a esta causa. Sabia que a cada 40 segundos, no mundo inteiro, uma pessoa comete suicídio? E este flagelo é particularmente grave entre jovens dos 15 aos 29 anos, onde o suicídio é a segunda maior causa de morte. Entender os fatores de risco e como nos podemos proteger ajudará a mudar estes números! Neste artigo iremos abordar as causas, as formas de prevenção e como ajudar alguém que possa estar em risco.
Os fatores de risco para o suicídio são múltiplos e complexos, envolvendo uma combinação de elementos individuais, familiares, sociais e ambientais. Esses fatores podem aumentar a vulnerabilidade de um indivíduo, contribuindo para o desenvolvimento de pensamentos e comportamentos suicidas. A compreensão desses fatores é essencial para identificar pessoas em risco e implementar estratégias de prevenção eficazes. Assim, os principais fatores de risco que devem ser considerados são:
Em relação aos fatores associados ao género, a maior prevalência nos homens está associado ao facto de ainda persistir o estigma social de mostrar vulnerabilidade, devido a uma pressão cultural que apresenta o homem como um ser sempre forte e inabalável. A cultura do “homem não chora” continua a silenciar milhares, que se sentem reprimidos e incapazes de partilhar o que estão a viver. Mas a verdade é que falar sobre os sentimentos não é apenas necessário – é vital.
Os fatores de proteção desempenham um papel crucial na prevenção do suicídio, ajudando a reduzir o risco e oferecendo suporte para aqueles que enfrentam dificuldades emocionais ou psicológicas. Assim, esses fatores incluem características individuais, suporte familiar e elementos sociais e educacionais. São exemplos destes meios de proteção os seguintes:
Fortalecer estes fatores pode ajudar a criar um ambiente mais seguro, reduzindo, dessa forma, a probabilidade de comportamentos suicidas e promovendo o bem-estar geral das pessoas em risco.
Há diversos motivos para não pedir ajuda, nomeadamente os que já referimos anteriormente relacionados com a cultura enraizada de que um homem não pode mostrar fraqueza. Contudo, geralmente quem pensa num ato suicida não pede ajuda por:
A redução do risco de suicídio é um desafio crítico que envolve múltiplas abordagens e estratégias. Criar ambientes de apoio, promover o diálogo aberto sobre saúde mental, identificar sinais de alerta e oferecer intervenções precoces são passos essenciais para proteger a vida. Bem como reforçando a vigilância perante comportamentos que podem conduzir a ideação suicida, como o bullying.
Para os mais jovens, as intervenções escolares, programas de prevenção e o fortalecimento de redes de apoio social e familiar são fundamentais para promover a resiliência e reduzir os fatores de risco. Sobretudo ajudando-os a lidar com as adversidades de forma saudável.
Em suma, as principais estratégias para a prevenção do risco nos mais jovens são:
Reduzir o risco de suicídio em adultos envolve uma abordagem multidimensional que inclui apoio social, psicológico e médico. Assim, oferecer um ambiente de apoio e incentivar a procura de ajuda profissional, como de psicólogos ou psiquiatras, pode ser um passo crucial para a prevenção.
Contudo, há outras medidas importantes que incluem aumentar a conscientização sobre os sinais de alerta de comportamento suicida. Além disso, criar boas redes de apoio social, promover ambientes saudáveis nos empregos e na sociedade, e reduzir o estigma associado às questões de saúde mental são estratégias fundamentais para a prevenção do suicídio.
Em suma, é fulcral estar atento aos sinais de alerta!
Quando alguém demonstra sinais de sofrimento ou expressa pensamentos suicidas, é essencial conseguir encarar com a máxima seriedade, mesmo que no íntimo possa considerar que os sentimentos do outro são exagerados. Ouvir com empatia e sem julgamentos cria um ambiente seguro onde a pessoa se sente compreendida, o que pode ser fulcral para o seu bem-estar emocional. Além disso, encorajar a procura por ajuda profissional especializada é um passo essencial para garantir que a pessoa receba o suporte adequado e consiga superar as dificuldades.
Portanto, esteja atento a estas situações:
A prevenção do suicídio é, dessa forma, responsabilidade de todos. Ao identificar sinais de alerta e compreender os fatores de risco e proteção, podemos atuar proativamente para salvar vidas.
Dessa forma, se conhece alguém que esteja a passar por maus momentos, ou mesmo se sente que o suicídio é uma opção para si, não carregue esse peso sozinho. Procurar apoio é, afinal de contas, o primeiro passo para mudar a sua vida. Juntos, podemos quebrar o silêncio, combater o estigma e salvar vidas. Não hesite em pedir ajuda. Porque os psicólogos da CLIVIP estão sempre disponíveis para o apoiar!
Valorizamos o contacto humano com os pacientes, em todas as dimensões da sua saúde: física, mental e espiritual. Visite-nos!
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